Neste dia ainda bebé vamos comemorar uma data psicológica, a cura do jardim à beira mar plantado (cura tardia...).
Será que já estamos curados daquilo que adormecemos durante séculos? É o dia para refletirmos o que fizemos pelo pedaço de terra pequeno que habitamos. E fazer mais por ele, mimá-lo e dizer que é grande e que o seu povo é quem manda...para não nos esquecermos que liberdade é cada um segurar no pedaço de terra e moldá-lo, ser-mos cada um artífices da nossa terra.
Como escreveu sabiamente, um dos mais sábios desta pátria no seu romance "Os Maias":
"Clamamos por aí, em botequins e livros, “que o país é uma choldra”. Mas que diabo! Porque é que não trabalhamos para o refundir, o refazer ao nosso gosto e pelo molde perfeito das nossas ideias?... Vossa Excelência não conhece este país, minha senhora. É admirável! É uma pouca de cera inerte de primeira qualidade. A questão toda está em quem a trabalha. Até aqui, a cera tem estado em mãos brutas, banais, toscas, reles, rotineiras... É necessário pô-la em mãos de artistas, nas nossas. Vamos fazer disto um bijou!...” Um dia para pensarmos em que mãos deixamos o nosso bijou tosco, e refazê-lo pelo molde das nossas ideias.
Bom cravos amanhã, e que o sol nos presentei com raios novos para iluminarmos mais um 25 deste abril.
apesar de tudo sou nova nisto mas deve servir para alguma coisa.
mais não seja para sermos todos muitos amigos, ocidentais e alegremente globalizados.
criei isto para falar com todos mas principalmente comigo, portanto, este instrumento comunicativo não é mais do que uma forma de "olhar-mos ao espelho" e nos mostrarmos aos outros virtualmente. estamos só, lentamente, a humanizar o espaço virtual que criamos. queremos comunicar virtualmente e tal como na comunicação presencial queremos apresentarmo-nos perante os outros personalizados, recheados de interesse e sabedoria...
pronto, já me justifiquei. isto é um bazar porque é uma palavra bonita e um bazar está cheio de coisas bonitas, antigas ou feitas na china, mas com uma aura fabulosa de nostalgia e beleza. também é um bazar porque eu escrevo e falo de tudo um pouco e de formas diferentes; por isso acho que caibo bem num bazar que reune os elementos mais estranhos num todo. é o bazar da sufragista porque o bazar é meu e eu sou a sufragista. a última das sufragistas. porque ser sufragista é acreditar numa emancipação social da mulher (e também dos homens), afastando-nos da cultura e repensando os nossos vícios e hábitos culturais. sou sufragista porque as mulheres que há mais de um século eram assim chamadas levaram a cabo a mais fabulosa luta de sempre, na época mais incrível e estranha da história humana.
o bazar vai ter poesia (minha e dos outros que eu gosto muito) e vai ter desabafos profundos em forma escrita porque é para isso que isto serve, vai ter a sufragista e outras que tais que se juntem à causa.
espero que venham aqui parar e que gostem do que leram.
a sufragista