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© the purl bee |
Quando éramos adolescentes o "Jim" era o nosso herói imortal. Era também um sex symbol, poeta, cantor, performer e lenda. Líamos todos os poemas na biblioteca municipal nos livros editados pela Assírio & Alvim e ouvíamos cassetes infinitas de todos os álbuns que haviam.
Chorámos no 3 de Julho e sonhamos com Père Lachaise em verões quentes parisienses. O "Jim" e os Doors faziam-nos imaginar coisas do deserto e do Oeste, da liberdade e de ser adulto sendo jovem. The west is the best. Get here and we'll do the rest.
Ver a peça do Paulo Ribeiro foi uma viajem à adolescência, quase como uma retro-viagem, porque a minha adolescência não foi daquela época. Uma viagem sobre a viagem, de tanto tempo passado (e gerações) e das coisas tão eternas. Baseado no An American Prayer, o espectáculo é uma homenagem onde cabe humor, saudade, sexualidade e beleza. Saí tão cheia, que quase me encontrei com a rapariga de 16 anos que escrevinhava poemas no recreio da escola, a ouvir e a ler o "Jim" e a sonhar com cobras no deserto.
Fotografia: Luís Belo
(...) Reduzir as expectativas, e ser modestos, ser locais. A nossa rua, a nossa terra, já tem tantos problemas… e resolver as coisas assim. Re-centrar o problema sobre o indivíduo, sobre o bairro, sobre a rua. Ter a rua limpa, a nossa rua limpa, a nossa entrada limpa, a nossa casa limpa, nós limpos… lá em casa, comer-se bem lá em casa (…) é fazer a coisa ao nível do tangível, e daquilo que trás prazer a cada um. E não do que deves fazer e que deves não sei quê, não sei que mais.
Miguel Esteves Cardoso
Um roteiro pelo comércio tradicional e as culinárias natalícias.
O meu itenerário matinal em busca de bens essenciais natalícios:
Livraria Lello & Irrmão rua das carmelitas, 144
A vida portuguesa rua galeria de paris
Casa januário rua do bonjardim, 352
Casa chinesa rua de sá da bandeira, 343
Casa christina rua de sá da bandeira, 401
Chocolataria equador rua de sá da bandeira, 637
Mercado do bolhão rua de sá da bandeira/ rua formosa/ rua fernandes tomás
Papelaria araújo & sobrinho largo de são domingos, 50
Descobri já não existem daqueles bombons deliciosos que davam pelo nome de "Conguitos" e que tinham um grão de café torrado no recheio. Os que ainda têm esse nome trocaram o grão de café por um amendoim. Toda uma pena...
Os frutos secos da Casa Chinesa e a broa de avintes do Bolhão são bens essenciais na semana de natal. Não passo sem eles. Fizeram-se bolachas suecas de gengibre, repletas de especiarias, um bolo de frutos (ameixas, passas, sultanas e cacau) da Nigella, um salame de chocolate à italiana, também receita da Nigella, uma challah, receita deste blog genial, e a minha aletria de sempre. O natal faz de mim uma cozinheira a tempo inteiro por dois dias, mas vele sempre a pena.
As prendas foram fáceis: ofereci autocolantes a toda a gente.