O racismo de Portugal

By sufragista - maio 02, 2018


“(…) O fim do império, a 25 de Abril de 1974, poderia ter sido o começo do diálogo sobre o que aconteceu desde o século XV, esse dia inicial inteiro e limpo / onde emergimos da noite. Em vez disso, os demónios mais antigos foram empurrados para o fundo antes de virem à tona.
Todos os impérios são uma história da violência, caberá a cada um atravessar a sua para ser mudado. Quando isso não acontece o filho do que foi morto falará e o filho do que matou não conseguirá entendê-lo, porque o lugar do outro está por experimentar, nunca houve transformação. Quem teme deixar de ser quem é não vai saber quem foi nem quem vai ser. De olhos e ouvidos fechados aos espíritos, continuará a cobrir-se com as mesmas palavras.”

Alexandra Lucas Coelho, Deus-dará

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