"A natureza tem uma lembrança instintiva. É a lembrança fundamental. Por instinto, tudo estará correcto. (…) Os poema são instintivos, eu disse. Uma natureza instintiva que quase nos redime. Às vezes, um poema acende-se como um candeeiro dentro da cabeça. Fica-se a ver muito bem o que até então nunca se vira. Pendurar um poema e atravessar com ele a noite inteira sem sequer nos darmos conta de que se fez noite."
Valter Hugo Mãe, A Desumanização
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