depois
Até o meu cabelo, apostado em não crescer anos a fio
parecia brotar do cucuruto, e da nuca, louco em longuras
depois que te deixei.
E as falas claras e concisas das conversas a ficarem para trás,
só um sussurro entre-dentes no passado.
E os gestos infinitos sempre os mesmos,
a serem agora revistos pela mãos novas que fiz.
Até os olhos, depois de te deixar,
são mais fáceis agora e sem aquela tristeza
que era da indiferença.
Depois de te deixar voltei a fotografar as mesmas imagens
que conhecia antes de saber quem eras.
Será que nunca soube de ti por causa das imagens velhas?
Ficarmos ocos por dentro nunca é uma opção.
É um desvio.
É para ficarmos a saber que o amor
nos rouba (sempre) à poesia.
Porto, junho 2015
Até o meu cabelo, apostado em não crescer anos a fio
parecia brotar do cucuruto, e da nuca, louco em longuras
depois que te deixei.
E as falas claras e concisas das conversas a ficarem para trás,
só um sussurro entre-dentes no passado.
E os gestos infinitos sempre os mesmos,
a serem agora revistos pela mãos novas que fiz.
Até os olhos, depois de te deixar,
são mais fáceis agora e sem aquela tristeza
que era da indiferença.
Depois de te deixar voltei a fotografar as mesmas imagens
que conhecia antes de saber quem eras.
Será que nunca soube de ti por causa das imagens velhas?
Ficarmos ocos por dentro nunca é uma opção.
É um desvio.
É para ficarmos a saber que o amor
nos rouba (sempre) à poesia.
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